Fonte: Diário de Pernambuco, Caderno Vida Urbana.
Os moradores de edificações mais antigas do Recife devem começar a olhar para o céu com outros olhos. Apesar da incidência de descargas elétricas no estado, ainda há prédios que não dispõem de para-raios. E o pior: não há fiscalização sistemática neste sentido. O equipamento passou a ser obrigatório a partir de 1997 com a Lei 19.644, que versa sobre o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico, do Corpo de Bombeiros. Há construções anteriores à legislação que até hoje não se adequaram à norma. Sem o equipamento, os moradores estão à mercê de um episódio de descarga elétrica. E a maioria nem sabe que reside em um imóvel sem proteção.
É o caso da aposentada Cleonilda Arcoverde, de 67 anos, residente no edifício São Salvador, na Rua Visconde Suassuna, na Boa Vista. O prédio de oito andares foi construído há quase 30 anos e não tem para-raios. "Não sabia e nunca me preocupei com isso", revela. Um dos primeiros moradores do prédio e ex-sindico, Leonildo Carneiro dos Santos, 74, não vê motivos para instalar o equipamento. "Nunca houve nada aqui e este prédio fica próximo de outros mais altos, que têm para-raios", diz. Ao contrário do que supõe o morador, o professor de engenharia elétrica da UFPE Maurício Bezerra explica que o para-raios protege apenas a edificação em que está instalado. Com medo de qualquer risco, o porteiro do São Salvador, André Arruda, 32, acredita que o condomínio deveria repensar a possibilidade de instalar um para-raios no prédio. "Nunca aconteceu um caso aqui, mas pode acontecer", afirma.
A preocupação é a mesma do presidente do Sindicato da Habitação de Pernambuco (Secovi), Luciano Novaes. A entidade, que atua diretamente junto aos condomínios, deve fazer uma campanha de esclarecimento e um alerta. "Com esse aumento de raios na região nós vamos orientar os condomínios a priorizarem este equipamento de segurança", diz Novaes.
Segundo a assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros, a corporação é responsável pela aprovação de projetos que incluam itens de segurança, a exemplo de extintores de incêndio e para-raios em todas as construções. É a unidade que vistoria e emite o atestado de regularidade. O documento é uma das exigências para o fornecimento do Habitice junto à prefeitura. Já os prédios anteriores à legislação, precisam, em tese, se adequar às normas por uma questão de segurança. "Estou neste prédio há 30 anos. Nunca houve fiscalização para saber se há para-raio", conta Leonildo Carneiro. Os condomínios interessados vão poder conferir preços ou modelos de para-raio na 5ª Feira dos Síndicos do Nordeste, que ocorrerá nos dias 28, 29 e 30 de maio, no Centro de Convenções, em Olinda.
Os moradores de edificações mais antigas do Recife devem começar a olhar para o céu com outros olhos. Apesar da incidência de descargas elétricas no estado, ainda há prédios que não dispõem de para-raios. E o pior: não há fiscalização sistemática neste sentido. O equipamento passou a ser obrigatório a partir de 1997 com a Lei 19.644, que versa sobre o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico, do Corpo de Bombeiros. Há construções anteriores à legislação que até hoje não se adequaram à norma. Sem o equipamento, os moradores estão à mercê de um episódio de descarga elétrica. E a maioria nem sabe que reside em um imóvel sem proteção.
É o caso da aposentada Cleonilda Arcoverde, de 67 anos, residente no edifício São Salvador, na Rua Visconde Suassuna, na Boa Vista. O prédio de oito andares foi construído há quase 30 anos e não tem para-raios. "Não sabia e nunca me preocupei com isso", revela. Um dos primeiros moradores do prédio e ex-sindico, Leonildo Carneiro dos Santos, 74, não vê motivos para instalar o equipamento. "Nunca houve nada aqui e este prédio fica próximo de outros mais altos, que têm para-raios", diz. Ao contrário do que supõe o morador, o professor de engenharia elétrica da UFPE Maurício Bezerra explica que o para-raios protege apenas a edificação em que está instalado. Com medo de qualquer risco, o porteiro do São Salvador, André Arruda, 32, acredita que o condomínio deveria repensar a possibilidade de instalar um para-raios no prédio. "Nunca aconteceu um caso aqui, mas pode acontecer", afirma.
A preocupação é a mesma do presidente do Sindicato da Habitação de Pernambuco (Secovi), Luciano Novaes. A entidade, que atua diretamente junto aos condomínios, deve fazer uma campanha de esclarecimento e um alerta. "Com esse aumento de raios na região nós vamos orientar os condomínios a priorizarem este equipamento de segurança", diz Novaes.
Segundo a assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros, a corporação é responsável pela aprovação de projetos que incluam itens de segurança, a exemplo de extintores de incêndio e para-raios em todas as construções. É a unidade que vistoria e emite o atestado de regularidade. O documento é uma das exigências para o fornecimento do Habitice junto à prefeitura. Já os prédios anteriores à legislação, precisam, em tese, se adequar às normas por uma questão de segurança. "Estou neste prédio há 30 anos. Nunca houve fiscalização para saber se há para-raio", conta Leonildo Carneiro. Os condomínios interessados vão poder conferir preços ou modelos de para-raio na 5ª Feira dos Síndicos do Nordeste, que ocorrerá nos dias 28, 29 e 30 de maio, no Centro de Convenções, em Olinda.