sábado, 24 de dezembro de 2011

Idoso de 81 anos sobrevive a raio e incêndio em casa no RS

Fonte: Portal Terra
Um homem de 81 anos sobreviveu à queda de um raio na casa onde dormia na madrugada desta sexta-feira, em Alegrete, a 440 km de Porto Alegre (RS). Segundo o Corpo de Bombeiros, o idoso não sofreu qualquer ferimento, mas teve parte da residência destruída por um incêndio provocado pelo raio.
Ainda de acordo com os Bombeiros, o fenômeno ocorreu por volta das 4h50. O idoso relatou aos agentes que acordou com o estrondo, e saiu de casa para pedir ajuda aos vizinhos após constatar que o imóvel de alvenaria estava em chamas. Despertos pelo idoso, os vizinhos acionaram o Corpo de Bombeiros, que controlou o incêndio.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Raio atinge residência e provoca incêndio

Fonte: Rede bom dia (Sorocaba) Dia a Dia - Rodrigo Rainho

Casa no Jardim Novo Mundo, é destruída por descarga elétrica; fenômeno é comum, diz meteorologista.
Um clarão seguido de um estrondo assustou a dona de casa Milena Lourdes Lima, 31 anos. Ela não teve tempo nem de pensar no que aconteceu. Pegou a filha Isabel, de apenas 36 dias, e correu para a casa geminada atingida, de Luciane Cristina Silva, 24. Mas logo notou que o problema era maior. “Depois do raio atingir a casa e clarear tudo, eu e ela percebemos que ainda não estávamos protegidas. Uma nuvem de fumaça invadiu a minha casa também”, conta  Luciane.



Fuga

As duas – a vítima do raio e a vizinha – fugiram para a rua. O fogo destruiu toda a casa de Milena. Fogão, geladeira, móveis, tudo foi perdido. O telhado caiu e as paredes racharam.

A estrutura ficou comprometida, avalia o tenente Marcos Machado Novaes. “Conseguimos salvar os móveis da casa vizinha. Controlamos o fogo para não chegar à casa vizinha. Foi um azar muito grande”, diz. “A única maneira de evitar esse tipo de acidente é o Sistema de Proteção de Descarga Atmosférica, o para-raio.”

O marido de Milena, Marcos José Venâncio, 26, disse que a mulher estava em choque, sem condições de falar, e explicou que ela  não sabia para onde ir.

No momento que o raio atingiu a casa, caia uma chuva leve e passageira em Votorantim. “O raio levou tudo o que eu tinha. Estragou o meu Natal.”

Qualquer objeto metálico atrai a descarga elétrica de um raio

Segundo Franco Villela, do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), não é raro casos como o desta quarta-feira (14), em Votorantim.

Casas fora dos centros urbanos, como a atingida no Jardim Novo Mundo, são alvos fáceis para os raios – nessas áreas, não há para-raios. O especialista explica, ainda, que a formação de um raio não depende da quantidade da água da chuva ou de sua duração, mas sim  do tipo de nuvem. “Depende da formação da nuvem, do calor e da umidade. Se a nuvem tiver grande desenvolvimento vertical e não tão extensa, provocará raios”, diz. “A topografia influi. Quanto mais alto o ponto e sua condutividade, maior será a chance de cair o raio nas casas das pessoas.” Portanto, antenas de televisão e outras barras de ferro são potenciais condutoras, que atraem as descargas elétricas do céu.  No momento do acidente, havia uma antena de UHF na residência que pode ter atraído o raio que destruiu tudo o que Milena e Marcos José construíram ao longo do casamento.

A chance de uma pessoa ser atingida por um raio é uma em um milhão. Na última década, Sorocaba e região não tiveram incidentes com raios. Mais de cem  pessoas por ano são atingidas por raios no país. Geralmente, elas têm parada cardiorrespiratórias ou sequelas, como perda de memória ou diminuição da concentração. Um raio provoca queimaduras, danos ao coração, pulmões, sistema nervoso central e outras partes do corpo. A chance de sobrevida é de apenas 2%.

Cuidados
Para não atrair raio, evite segurar objetos metálicos durante a chuva  como varas de pescar, antenas, etc. Evite ficar próximo de trilhos, árvores, cercas, postes e não fique no alto de morros. Não use telefone ou outro equipamento elétrico.

100 milhões de raios atingem o Brasil todos os anos

Para-raio não garante proteção
Não somente o local descampado representa risco. Nas cidades cercadas por edifícios equipados com para-raios, os riscos também existem. Especialistas dizem que os prédios próximos a altos edifícios com o equipamento não estão livres de serem atingidos por um raio. A maioria dos para-raios não protege a edificação vizinha. Cada casa ou prédio deveria ter o seu próprio. Os preços variam de R$ 300 a 8 mil.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Rede de sensores mapeia raios em 3D

Fonte: Inovação tecnológica - Com informações da Agência USP - 09/12/2011

Raios em 3D
Pesquisadores do projeto Chuva estão começando a compilar mapas em 3D dos raios que caem no Brasil.
Uma rede de sensores de detecção de raios já está monitorando desde outubro as descargas atmosféricas em uma área de 150 quilômetros (km) a partir da cidade de São Paulo, o que inclui toda a região metropolitana e o Vale do Paraíba.
Os sensores utilizados nas medições vêm de diversas agências espaciais (inclusive a NASA, dos EUA, e a DLR, da Alemanha) e ficam no Brasil até junho de 2012.
As medições dos raios são feitas em tempo real - as características coletadas são a latitude, a longitude e a altitude das descargas elétricas.
Dependendo do sistema utilizado para a medição, ainda é possível determinar a corrente elétrica de cada raio.
Com a integração destes sensores é possível emitir alertas de tempo e, em conjunto com as observações de um radar meteorológico, pode-se realizar previsões de curtíssimo prazo.

Previsão de tempo
Para que a previsão do tempo em curtíssimo prazo (com até duas horas de antecedência) seja possível, são necessários os dados coletados por essa rede de sensores, que agora mapeiam os raios e seu deslocamento.
"Integrá-los às medidas de radar e satélite meteorológico vai tornar possível entender como funcionam os raios no Brasil. A previsão de raios ainda não é possível, e nós estamos desenvolvendo o conceito e não fazendo a previsão, mas por fazermos medição em tempo real, conseguimos ver o seu deslocamento.
"Dessa forma, pode-se alertar a população sobre os riscos de descargas em uma determinada área. E os raios matam mesmo, essas são medidas que podem salvar vidas", explica Carlos Augusto Morales, professor da USP e um dos responsáveis pelo projeto.
O professor explica que há parceria com órgãos públicos (como prefeituras e defesa civil) para que os dados sejam melhor compreendidos e, dessa forma, utilizados da maneira mais adequada às suas realidades.
Os dados coletados pelo conjunto de sensores são públicos e estão disponíveis no endereço http://sigma.cptec.inpe.br/sosvale/. A coleta iniciou sua operação nessa época do ano para, propositalmente, abranger o verão, época que registra grande número de tempestades no País.
Antes e durante a chuva
Morales explica que as previsões do tempo podem ser feitas por intermédio de radares que detectam as nuvens que já estão chovendo ou por meio de radares de nuvem (que só observam a localização das nuvens e não a chuva).
Nesses sistemas, a previsão pode ser feita com no máximo duas horas de antecedência, mas só depois do início da chuva.
"A previsão do tempo não consegue captar a chuva. Com esses modelos que estamos desenvolvendo, chuva e raios são convertidos em informação que a previsão do tempo consegue entender. Com isso, vamos poder monitorar o Brasil inteiro e melhorar as previsões", acredita ele.
Segundo o professor, esses são modelos que ainda precisam ser testados, pois ainda não foram operacionalizados, sendo utilizados somente para pesquisa.
Em breve, o GPM contará com 8 satélites para medir as precipitações sobre o Brasil, que monitoram áreas de 25km2 a cada 3 horas. De acordo com o programa o GPM-Brasil, o lançamento do primeiro satélite meteorológico brasileiro deve ocorrer em 2015.
Projeto Chuva
O projeto Chuva é uma resposta ao projeto Global Precipitation Measurement(GPM-Brasil), da Agência Espacial Brasileira, cujo objetivo é validar a precipitação em todo o globo e lançar o primeiro satélite meteorológico brasileiro.
O projeto é coordenado por pesquisadores da USP, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do Centro Técnico Aeroespacial (CTA).
Segundo Morales, há pessoas das mais diversas instituições envolvidas, já que é a primeira vez que a análise em 3D dos raios é feita no Brasil.
"Queremos ver se o sistema fica no País por mais um tempo, para que possam ser feitas medições em outros lugares", diz ele.

Clima via Satélite