domingo, 30 de novembro de 2008

Raio deixa 16 bois mortos


Dezesseis bois de corte morreram, atingidos por raio, em uma fazenda de Sales Oliveira. Os animais foram encontrados ontem, no começo da tarde em área cercada por canavial. “Eles morreram na quinta-feira à noite, mas só descobrimos hoje [ontem].

Com o temporal, se abrigaram embaixo de uma árvore, quando houve a descarga elétrica. Nunca tivemos um caso em que tenha morrido essa quantidade”, diz o produtor rural Marcelo Fonseca Azevedo. O prejuízo estimado foi de R$ 20 mil.

A fazenda produtora de cana-de-açúcar fica agora com um total de 104 cabeças de gado.

Segundo Azevedo, há 20 anos eles chegaram a perder quatro animais atingidos por raio. “O boi tem o hábito de ficar sob as árvores ou se encostar em cercas quando chove. É um comportamento natural, não tem como evitar”, explicou. Para Ana Alzira Azevedo, mãe de Marcelo e proprietária da fazenda, na época das chuvas o temor é que os raios atinjam
os funcionários que moram e trabalham no local. “Com as chuvas, há mais raios e fica mais perigoso. Sinto pelos animais, mas temo que aconteça com uma pessoa”. Os bois mortos deverão ser retirados amanhã.
Este não é o primeiro caso neste mês no Estado de São Paulo. No dia 9 de novembro, 37 bois morreram da mesma forma em Paulistânia, na região centro-oeste paulista.


ANGELA PEPE
jornal "A Cidade" - 29Nov2008

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Professor da USP diz que pino de platina não atraiu raio que matou homem em Osasco

Professor da USP diz que pino de platina não atraiu raio que matou homem em Osasco
Publicada em 04/11/2008 às 09h16mFabiano Nunes e Fabrício Calado Moreira, Diário de S.Paulo
São Paulo - Foi enterrado nesta segunda-feira Milton Rodrigues, de 41 anos, que morreu atingido por um raio quando jogava futebol, em Osasco, no último domingo. Ele foi enterrado às 15h de ontem, no Cemitério Santo Antônio, no Jardim Marina. O professor Carlos Augusto Morales, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, afirmou que o pino de platina que ele tinha na mão não atraiu a descarga elétrica.

- Já foi provado que piercing, telefone celular, ou mesmo pinos de platina, não são potenciais condutores - explicou.

Para o professor, a principal causa do acidente foi o fato de a vítima estar em uma área aberta e sem proteção.

- O raio cai no chão e se propaga pelo solo. É preciso evitar ficar debaixo de árvores também alerta. Ele também explica que, nessas horas, é perigoso segurar objetos metálicos longos, como varas de pescar. Pode funcionar como um pára-raio.

A informação de que o pino teria atraído o raio foi dada pelo médico que socorreu Milton.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Osasco é 48º município do Estado de São Paulo no índice de queda de raios. Em 2006, a cidade registrou 475 raios. O professor recomenda que as pessoas se protejam em prédios ou mesmo dentro de carros e caso de temporal. De acordo com o Inpe, em 2008, até agora, 16 pessoas morreram vítimas de raios no estado de São Paulo.

Pára-raios viram alvos de ladrões em São Paulo

Fonte: Bom dia Brasil - 07.11.08
São Paulo - Os ladrões de cobre agora colocam em risco a segurança dos prédios de São Paulo. Eles vasculham os telhados de casas e prédios públicos ou privados atrás do sistema de pára-raios, que normalmente é feito de cobre. No sistema mais usado no Brasil, o pára-raio recebe a descarga elétrica e a encaminha para o subsolo, onde é neutralizada, por meio de fios de cobre que percorrem as bordas dos prédios. Os ladrões roubam os fios que ficam no caminho, colocando em risco as construções.


- Se essa descarga atmosférica atingir a edificação, podem cair lascas de concreto e atingir pessoas - explica Hélio Eijji Sueta, do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP.

Segundo Sueta, o roubo de cobre é comum em vários países e, preocupado com a situação, ele passou a estudar maneiras de contornar o problema.

- A gente recomenda como opção, o aço galvanizado e métodos de fixação melhores - afirma.
De acordo com o Sindicato da Indústria dos Condutores Elétricos, o preço do cobre subiu muito no mercado internacional. Com isso, esse tipo de carga acaba sendo muito visada pelos ladrões.

- São cerca de mil toneladas por ano, o que representa um prejuízo entre R$ 18 milhões e R$ 19 milhões para a indústria - diz Sergio Aredes, presidente do sindicato.

No último trimestre, houve 16% de aumento do roubo de cobre. Foram roubadas 279 toneladas entre abril e junho e 325,4 toneladas entre julho e setembro.

Além de pára-raios, fios de eletricidade e telefone, os ladrões também levam tampas de bueiro e placas de sinalização. Cerca de 1,2 mil placas somem todos os meses da rua da capital.

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