sexta-feira, 16 de março de 2012

Morre jovem atingido por raio no Nortão

Fonte: 24horasNews - Só Notícias
Márcio André da Rosa, 27 anos, morreu ao ser atingido por um raio, em uma fazenda, a 60 quilômetros do centro de Itanhangá (200 km de Sinop). A Polícia Militar informou que Márcio estaria próximo a uma árvore, ontem, no final da tarde, quando houve o incidente, conforme relato de outras três pessoas (nomes não confirmados) que estavam com ele. Todos teriam buscado abrigo no local por causa da chuva.
 
Segundo a PM, o jovem chegou a ser socorrido na fazenda mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. Ele era funcionário de uma empresa voltada ao ramo de máquinas e teria ido à propriedade prestar serviço. As outras três pessoas ficaram feridas, porém, não houve necessidade de serem encaminhadas ao hospital, conforme a polícia. "Estivemos no local, e a árvore estava completamente rachada ao meio", disse um policial.
 
A funerária informou que o corpo de Márcio André foi trasladado para Juara, onde morava. Ele deve ser sepultado ainda esta tarde, no cemitério local.
 
Este foi o terceiro caso de pessoas atingidas por raios, este ano, no Nortão. Os outros dois foram registrado mês passado, em Sinop. Conforme So Notícias já informou, uma mulher de 46 anos estava no interior de sua residência, no Gleba Mercedes, quando um raio atingiu o local. Parte da corrente elétrica atingiu o corpo dela causando inconsciência e atrofiamento muscular, de acordo com as primeiras informações repassadas aos bombeiros. Ela sobreviveu.
 
No outro caso, o motorista João Veigas da Silva, 34 anos, morreu após ser atingido pela descarga elétrica de um raio, também na Gleba Mercedes. Ele chegou a ser levado para o Pronto Atendimento, por amigos, mas não resistiu

sexta-feira, 9 de março de 2012

Veja o que um raio pode fazer à sua pele

Fonte: Dalane Santos, Hype Science
Olhando para este braço, você pode dizer: “nossa, que tatuagem bacana, parece um grande ramalhete de uma destas árvores coníferas, ou algo do tipo”. Este desenho, no entanto, não foi obra de nenhum tatuador: este homem de 24 anos foi atingido pela descarga elétrica de um raio.



Este fenômeno tem um nome: Figura de Lichtenberg. Esse é o nome do cientista alemão que observou a situação pela primeira vez, no século XVIII, e descreveu as figuras “impressas” por eletricidade nas superfícies. No corpo humano, geralmente se formam nas costas, pernas e braços.
No caso do atingido da vez, Winston Kemp, a história é irônica. Ele é eletricista, correndo risco de levar descargas todos os dias, mas não foi seu ofício que ocasionou a marca. Durante uma tempestade, ele saiu de casa para tentar salvar as abóboras no seu quintal, e a mãe natureza o presenteou com essa marca.
Kemp conta que não sentiu dor nem um desconforto muito grande. Reparou que havia sido atingido por uma descarga elétrica, pois a sentiu justamente no braço, mas as marcas só apareceram cerca de uma hora depois do incidente.
Apesar de assustador, este fenômeno é relativamente inofensivo. Estas marcas nada mais são do que uma impressão deixada pela eletricidade em contato com as veias, mas o choque não causa danos significativos a elas. Mas também não deixa de causar um ferimento externo: Kemp relatou que ainda sentia dores nos braços depois de um mês.
Os médicos explicam que é bom visitar um pronto socorro após ganhar uma dessas raras tatuagens, apenas por precaução contra infecções. É uma boa ideia principalmente se a vítima em questão estiver usando um cinto ou outro objeto metálico, que podem potencializar o efeito do choque.
Se você achar que não precisa ir a um hospital, os doutores aconselham pelo menos uma pomada antibiótica ou vaselina, para facilitar a cicatrização. Dessa forma, a “tatuagem” realmente vai ser apenas um desenho bonito (e sim, temporário) na pele.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Raios ascendentes são registrados pela primeira vez no Brasil

Com informações do INPE - 01/03/2012



Raios inéditos
O Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) capturou pela primeira vez imagens de raios ascendentes no Brasil.
Quatro raios ascendentes que tiveram início a partir de uma das torres situadas sobre o Pico do Jaraguá, na cidade de São Paulo, foram registrados em um intervalo de apenas vinte minutos.
Eles foram gravados por uma câmera de alta velocidade, capaz de registrar 4.000 quadros por segundo. Estas observações poderão contribuir para aperfeiçoar as normas de proteção contra raios no país.
Raios ascendentes são registrados pela primeira vez no Brasil
Os raios ascendentes foram gravados por uma câmera de alta velocidade, capaz de registrar 4.000 quadros por segundo.[Imagem: INPE/ELAT]
"Esta é a primeira comprovação de ocorrência de raios deste tipo no Brasil", afirmou Marcelo Saba, pesquisador do ELAT/INPE e responsável pelas observações.
O registro de quatro raios ascendentes foi algo que chamou a atenção dos pesquisadores.
Este é um número muito alto, ainda mais quando considerado o pequeno intervalo de tempo. Para comparação, no Empire State Building, edifício que foi construído com mais de 100 metros na cidade Nova Iorque, ocorrem em média 26 raios ascendentes por ano.
Raios ascendentes e raios descendentes
A grande maioria dos raios (99%) é nuvem-solo, ou seja, raios que se originam nas nuvens e chegam ao chão.
Apenas 1% dos raios é ascendente - partem de algo na superfície.
Esses percentuais apenas se alteram em locais específicos, construções muito altas, onde o número de raios ascendentes pode superar os raios nuvem-solo.
Os raios ascendentes são em geral artificiais, no sentido de responder às alterações ambientais produzidas pela atividade humana. Eles se originam devido a construções elevadas, como torres de telecomunicação, ou pára-raios de edifícios altos.
Os pesquisadores afirmam que estudos poderão estimar qual a frequência e quais as condições (como a altura das estruturas e os tipos de nuvens e tempestades) para que o fenômeno ocorra.
A pesquisa também poderá aprimorar os sistemas de detecção de descargas atmosféricas que monitoram a incidência de raios no Brasil.
Raios em turbinas eólicas
Em alguns países, como o Japão, raios ascendentes têm trazido grandes prejuízos quando atingem turbinas de geração eólica.
Como este tipo de geração de energia tem grandes chances de expansão e aplicação no Brasil, torna-se relevante intensificar as pesquisas no país, que apresenta a maior incidência de raios do mundo.
Poucos países possuem imagens deste fenômeno, entre eles os Estados Unidos, o Canadá, o Japão e a Áustria.
Ainda assim, há pouco conhecimento sobre a física e as características dos raios ascendentes, o que torna este registro ainda mais importante para as pesquisas.

Clima via Satélite