sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Raio atinge residência e provoca incêndio

Fonte: Rede bom dia (Sorocaba) Dia a Dia - Rodrigo Rainho

Casa no Jardim Novo Mundo, é destruída por descarga elétrica; fenômeno é comum, diz meteorologista.
Um clarão seguido de um estrondo assustou a dona de casa Milena Lourdes Lima, 31 anos. Ela não teve tempo nem de pensar no que aconteceu. Pegou a filha Isabel, de apenas 36 dias, e correu para a casa geminada atingida, de Luciane Cristina Silva, 24. Mas logo notou que o problema era maior. “Depois do raio atingir a casa e clarear tudo, eu e ela percebemos que ainda não estávamos protegidas. Uma nuvem de fumaça invadiu a minha casa também”, conta  Luciane.



Fuga

As duas – a vítima do raio e a vizinha – fugiram para a rua. O fogo destruiu toda a casa de Milena. Fogão, geladeira, móveis, tudo foi perdido. O telhado caiu e as paredes racharam.

A estrutura ficou comprometida, avalia o tenente Marcos Machado Novaes. “Conseguimos salvar os móveis da casa vizinha. Controlamos o fogo para não chegar à casa vizinha. Foi um azar muito grande”, diz. “A única maneira de evitar esse tipo de acidente é o Sistema de Proteção de Descarga Atmosférica, o para-raio.”

O marido de Milena, Marcos José Venâncio, 26, disse que a mulher estava em choque, sem condições de falar, e explicou que ela  não sabia para onde ir.

No momento que o raio atingiu a casa, caia uma chuva leve e passageira em Votorantim. “O raio levou tudo o que eu tinha. Estragou o meu Natal.”

Qualquer objeto metálico atrai a descarga elétrica de um raio

Segundo Franco Villela, do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), não é raro casos como o desta quarta-feira (14), em Votorantim.

Casas fora dos centros urbanos, como a atingida no Jardim Novo Mundo, são alvos fáceis para os raios – nessas áreas, não há para-raios. O especialista explica, ainda, que a formação de um raio não depende da quantidade da água da chuva ou de sua duração, mas sim  do tipo de nuvem. “Depende da formação da nuvem, do calor e da umidade. Se a nuvem tiver grande desenvolvimento vertical e não tão extensa, provocará raios”, diz. “A topografia influi. Quanto mais alto o ponto e sua condutividade, maior será a chance de cair o raio nas casas das pessoas.” Portanto, antenas de televisão e outras barras de ferro são potenciais condutoras, que atraem as descargas elétricas do céu.  No momento do acidente, havia uma antena de UHF na residência que pode ter atraído o raio que destruiu tudo o que Milena e Marcos José construíram ao longo do casamento.

A chance de uma pessoa ser atingida por um raio é uma em um milhão. Na última década, Sorocaba e região não tiveram incidentes com raios. Mais de cem  pessoas por ano são atingidas por raios no país. Geralmente, elas têm parada cardiorrespiratórias ou sequelas, como perda de memória ou diminuição da concentração. Um raio provoca queimaduras, danos ao coração, pulmões, sistema nervoso central e outras partes do corpo. A chance de sobrevida é de apenas 2%.

Cuidados
Para não atrair raio, evite segurar objetos metálicos durante a chuva  como varas de pescar, antenas, etc. Evite ficar próximo de trilhos, árvores, cercas, postes e não fique no alto de morros. Não use telefone ou outro equipamento elétrico.

100 milhões de raios atingem o Brasil todos os anos

Para-raio não garante proteção
Não somente o local descampado representa risco. Nas cidades cercadas por edifícios equipados com para-raios, os riscos também existem. Especialistas dizem que os prédios próximos a altos edifícios com o equipamento não estão livres de serem atingidos por um raio. A maioria dos para-raios não protege a edificação vizinha. Cada casa ou prédio deveria ter o seu próprio. Os preços variam de R$ 300 a 8 mil.

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