Fonte: Tribuna do Norte - Marcelo Hollanda.
Descargas elétricas ocasionadas por raios é um evento considerado raríssimo em Natal. O diretor da Defesa Civil do Município, coronel Marcos Pinheiro, há dois anos no cargo, diz que nunca viu um evento parecido na cidade em seus 53 anos de vida.
Etevaldo Alves da Silva mostra a marca do raio que atingiu sua casa na madrugada de quinta-feira. Foto: rodrigo sena.
Desde a madruga desta quinta-feira, três casas da travessa Pompéia, no bairro Potengi, zona Norte, viraram exceção. A mais atingida foi a do funcionário público Etevaldo Alves da Silva, operador de áudio da Assembléia Legislativa.
Por volta das 4h10, Etevaldo e a mulher Francisca foram acordados pelo estrondo de um trovão. Como prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém, os dois saíram desligando todos os aparelhos eletrônicos da casa.
Por volta das 4h10, Etevaldo e a mulher Francisca foram acordados pelo estrondo de um trovão. Como prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém, os dois saíram desligando todos os aparelhos eletrônicos da casa.
Menos de cinco minutos depois da primeira descarga, uma segunda pegou o casal de surpresa, arrancando todas as placas de PVC do forro da cozinha e as arremessando em direções diferentes.
Numa fração de segundo, tudo ao redor de Etevaldo começou a pegar fogo – toda a fiação elétrica e telefônica, inclusive a que estava atrás da parede da sala, cuja pintura, verde clara, escureceu. Nesse instante – lembra o morador – o espelho de um interruptor de luz pulou pra fora, enquanto faiscas vinha no teto, caindo sobre a toalha de mesa, deixando dezenas de pontos pretos no tecido.
Nesse meio tempo, um buraco de mais de meio metro se abriu no telhado que dá para a cozinha, enquanto na área de serviço uma antena externa de TV era partida em três pedaços.
“Nunca tive tanto medo na vida, parecia que a gente estava no Iraque!”, lembra Etevaldo, que gritou várias vezes pela mulher que estava em outro cômodo. “Eu ouvia mas não conseguia responder”, diz dona Francisca.
Mesmo desligando vários aparelhos, o computador e um televisor de 14 polegadas, que fica no quarto do casal, queimaram.
Ontem pela manhã, o coronel Marcos Pinheiro, da Defesa Civil do município, esteve lá e ligou para Cosern, solicitando uma equipe para avaliar o problema.
“Acho que devemos considerar a possibilidade de aumentar o cuidado com a prevenção desse tipo de evento a partir de uma cobertura maior de pára-raios na cidade”, disse o coronel.
Segundo o meteorologista Gilmar Bristot, da Emparn, uma descarga elétrica como a que atingiu as três casas da Zona Norte são realmente incomuns.
“Na faixa litorânea, a ausência de relevos acentuados e a inexistência de nuvens convectivas – desenvolvidas verticalmente -, responsáveis pelas descargas elétricas, explicam porque é tão raro a ocorrência de raios por aqui”, explicou Bristot. Desta vez, porém, segundo ele, a zona de convergência atuando no litoral norte e a formação de frentes frias na região central podem ter favorecido a formação do chamado CB – Cumulusnimbus –, nuvens geradoras de grande atividade elétrica.
Etevaldo Alves e família que o digam. “Fui sorteado pela natureza desta vez e espero nunca mais ser”, confessou, depois de passar o dia reparando os estragos. Ele aproveitou para se queixar do telefone de emergência da Cosern, que às 5 da manhã de ontem estava fora de serviço nas diversas vezes em que ele ligou.
Numa fração de segundo, tudo ao redor de Etevaldo começou a pegar fogo – toda a fiação elétrica e telefônica, inclusive a que estava atrás da parede da sala, cuja pintura, verde clara, escureceu. Nesse instante – lembra o morador – o espelho de um interruptor de luz pulou pra fora, enquanto faiscas vinha no teto, caindo sobre a toalha de mesa, deixando dezenas de pontos pretos no tecido.
Nesse meio tempo, um buraco de mais de meio metro se abriu no telhado que dá para a cozinha, enquanto na área de serviço uma antena externa de TV era partida em três pedaços.
“Nunca tive tanto medo na vida, parecia que a gente estava no Iraque!”, lembra Etevaldo, que gritou várias vezes pela mulher que estava em outro cômodo. “Eu ouvia mas não conseguia responder”, diz dona Francisca.
Mesmo desligando vários aparelhos, o computador e um televisor de 14 polegadas, que fica no quarto do casal, queimaram.
Ontem pela manhã, o coronel Marcos Pinheiro, da Defesa Civil do município, esteve lá e ligou para Cosern, solicitando uma equipe para avaliar o problema.
“Acho que devemos considerar a possibilidade de aumentar o cuidado com a prevenção desse tipo de evento a partir de uma cobertura maior de pára-raios na cidade”, disse o coronel.
Segundo o meteorologista Gilmar Bristot, da Emparn, uma descarga elétrica como a que atingiu as três casas da Zona Norte são realmente incomuns.
“Na faixa litorânea, a ausência de relevos acentuados e a inexistência de nuvens convectivas – desenvolvidas verticalmente -, responsáveis pelas descargas elétricas, explicam porque é tão raro a ocorrência de raios por aqui”, explicou Bristot. Desta vez, porém, segundo ele, a zona de convergência atuando no litoral norte e a formação de frentes frias na região central podem ter favorecido a formação do chamado CB – Cumulusnimbus –, nuvens geradoras de grande atividade elétrica.
Etevaldo Alves e família que o digam. “Fui sorteado pela natureza desta vez e espero nunca mais ser”, confessou, depois de passar o dia reparando os estragos. Ele aproveitou para se queixar do telefone de emergência da Cosern, que às 5 da manhã de ontem estava fora de serviço nas diversas vezes em que ele ligou.
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