quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Triste curiosidade: Especialista defende instalação de pára-raios

O chefe do Departamento de Vigilância Meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (Inamet), Francisco Osvaldo Neto, defendeu a necessidade de se instalar pára-raios nos locais onde os mesmo sejam necessários, para se evitar mortes por descargas eléctricas.Em declarações prestadas à Angop, a propósito das mortes registadas nos últimos dias devido a descargas eléctricas, fundamentalmente nas províncias do interior do país, Francisco Osvaldo disse que "é urgente a reposição dos pára-raios naqueles locais onde já existiam. Também é preciso que se instalem novos, para se evitar mais mortes".

O fenómeno é provocado por trovoadas e caracteriza-se por descargas eléctricas das nuvens, associada a fenómenos acústicos e ópticos que podem ser acompanhados ou não de queda de precipitação (chuva ou aguaceiros), explicou. "A ausência de pára-raios em muitas zonas do país se deve ao facto de, no tempo de guerra, muitos deles terem sido derrubados, confundidos com aparelhos militares de comunicação ou de localização", informou.

O meteorologista do Inamet deu ainda a conhecer que as regiões da Lunda-Norte, Lunda-Sul, Planalto Central (Huambo e Bié), Kwanza Norte e Kwanza-Sul são as mais propensas ao fenómeno, devido às características próprias da zona.Entre as vítimas mortais do fenómeno registadas na última época chuvosa constam sete militares da vigésima brigada das FAA, em Sawilala (Tchipipa), localidade situada 35 quilómetros a Norte da cidade do Huambo.Na ocasião, o comandante da brigada, coronel António Paulino "Calado", havia apelado as entidades de direito no sentido de instalarem, pelo menos, 15 pára-raios na sua unidade.Em Novembro de 2007 no município do Bocoio (Benguela) duas pessoas morreram e uma outra ficou gravemente ferida em consequência de um relâmpago. Uma mulher de 37 anos de idade foi mortalmente atingida por um raio na cidade do Dondo, (Kwanza-Norte) enquanto que nos bairros do Papelão e Dunga, (periferia da cidade do Uíje), duas pessoas morreram e uma outra ficou gravemente ferida.

Fonte: Jornal de Angola - On Line

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