sexta-feira, 9 de novembro de 2007

População está temerosa com raios

VALE DO JAGUARIBE (28/4/2007) Limoeiro do Norte.
A população está preocupada com a incidência de raios na região.

Chove pouco, mas nas vezes em as precipitações tem sido maiores, têm caído raios. Dessa vez, não é somente na zona rural, mas também no Centro da Cidade. Em menos de dois meses, foram três raios caídos a poucos metros dos moradores locais. Mesmo com um quadro pouco alentador de chuvas, a população, principalmente das periferias desprovidas de pára-raios, amarga o medo daqueles “flashes” luminosos seguidos dos estrondosos trovões. A dona-de-casa Maria Augusta, na localidade de Sítio Ilha, já cortou o coqueiro que tinha no quintal de casa, “porque as árvores atraem os raios”, afirmou a senhora. Pudera, no dia primeiro de março, um raio caiu no exato coqueiro no quintal de sua casa. Ela conta que houve princípio de incêndio. “O barulho foi muito grande. Pensei que tinha caído em cima da casa”, contou, na época. Ninguém saiu ferido, mas seu aparelho de DVD e a TV da vizinha foram queimados. E um motor de puxar água sofreu danos estruturais com o calor gerado pela descarga elétrica. No mês passado, mais um raio caiu no meio do mato, novamente na localidade de Sítio Ilha, e outro foi “barrado” no pára-raios da torre de transmissão da Rádio Vale do Jaguaribe, no Bairro de Fátima. Ficou o prejuízo para a rádio, que passou horas fora do ar devido a danos nos equipamentos. “E não precisa nem chover grosso não, a gente fica dentro de casa, coloca os chinelos e reza pra cair bem longe da cabeça de alguém”, conta Maria Aldeci, moradora do Sítio Ilha, bairro que não tem pára-raios. Especialistas esclarecem que é mais comum a queda de raios na zona rural, daí a necessidade da instalação, pelos municípios, de equipamentos pára-raios. As cercas convencionais de arame liso ou farpado, comum nos currais, tendem a atrair raios e é comum que animais que se encontram a até três ou quatro metros de distancia morram devido à descarga elétrica. Isso pode ocorrer, principalmente, em regiões descampadas, em que uma árvore isolada, animais e pessoas podem funcionar como pára-raios, sendo diretamente atingidos por um raio. Árvores altas, como o eucalipto, são potencialmente mais sujeitas à descarga durante uma tempestade. Por isso, é sempre muito perigoso abrigar-se ou ficar próximo de uma árvore nesta situação. Nas tempestades, deve-se também estar afastado de objetos pontiagudos, como vara de pesca, enxada etc. No Brasil, são registrados até 100 milhões de raios anualmente, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), gerando um prejuízo financeiro de, aproximadamente, R$ 200 milhões, tanto para o poder público como para a iniciativa particular. Os raios são descargas elétricas que ocorrem na atmosfera. Sua ação no ambiente pode ser desvastadora, caso não haja proteções de pára-raios.

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